domingo, 21 de julho de 2013

Trajetória Presbiteriana em Mato Grosso III

IV - A Pena Evangélica

  Fazia-se sentir, em Cuiabá, a necessidade de um jornal evangélico, porque a imprensa local, devido as influências clericais, não queria mais publicar artigos de propaganda evangélica. De volta dos Estados Unidos, o Rev. Landes trouxe consigo uma máquina de imprensa que foi presente à nossa Igreja da Igreja Presbiteriana de Tioga de Philadelfia, nos Estados Unidos. Destarte, tomou-se possível à publicação de um jornal evangélico em Cuiabá. O primeiro número da "A Pena Evangélica" veio a lume no dia 16 de maio de 1925 e, desde o seu início, exerceu poderosa e benéfica influência na capital em todo o Estado. Propagava o Evangelho e condenava os males na sociedade. Tomou-se um jornal muito popular, admirado pelos bons e temido pelos malfeitores.  

V - A Escola Evangélica de Buriti

  Por intermédio do Dr. W.A.Wadell, fazia parte dos planos para o desenvolvimento da obra missionária em Mato Grosso a fundação de uma escola evangélica secundária cuja finalidade principal seria preparar crentes e filhos de crentes para as atividades cristãs da vida. Essa escola foi fundada na Chapada dos Guimarães a dez léguas da capital pela estrada de rodagem na Fazenda do Buriti que havia sido comprada para esse fim. Iniciaram-se as aulas da Escola Evangélica do Buriti no dia 7 de Julho de 1924. Os primeiros dirigentes da Escola foram o Rev.Adão Martin e a esposa Dona Nettie e o Sr. Homero Moser e a esposa Edite. Eles imprimiram na Escola o cunho de uma família cristã e a Escola tem realizado o seu ideal de preparar moços e moças para as atividades cristãs nas comunidades onde residem. Além disso, freqüentemente tem se realizado conversões e extraordinárias transformações de caráter na vida de diversos alunos. A escola está prestando relevantes serviçosà causa de Cristo em Mato Grosso e tem se tornado indispensável para a educação cristã da mocidade evangélica do oeste do Brasil. (Atualmente a escola está desativada. Nota do blog)  

VI - Pastorados de Ministros Nacionais em Cuiabá

  No começo de 1929, foi chamado a Igreja de Cuiabá o Rev. Rodolfo Anders, o primeiro pastor nacional dessa Igreja. Foi um pastor dedicado e dinâmico e realizou excelente trabalho no curto prazo de tempo que serviu a Igreja, mas, tendo adoecido a sua esposa, viu-se obrigado a voltar ao Rio, após apenas um ano de trabalho. Logo depois da retirada do Rev.Adolfo, foi chamado para o pastorado o Rev. Juvenal Batista. Ele e a esposa chegaram a Cuiabá em junho de 1931 e fizeram um bom trabalho, mas houve desentendimento entre os presbíteros que resultaram em uma dissidência. Essas dificuldades resultaram no pedido de demissão do Rev. Juvenal que voltou ao Rio em 1934.
  Devido dissidência que levara consigo dois presbíteros e um número considerável de outros membros da Igreja, o Rev. Landes foi enviado pela missão com plenos poderes para assumir o pastorado e se fosse possível, resolver a questão da dissidência. Felizmente, os males foram sanados com o "Laudo Arbitral" do interventor da Missão, "proferido no templo da Igreja Presbiteriana de Cuiabá, no dia 2 de Março de 1934, para dirimir as questões surgidas entre a sessão da Igreja e irmãos dissidentes". A decisão foi aceita por quase todos e os dissidentes voltaram ao seio da Igreja, começando assim uma nova época de paz. O Rev. Augusto Araújo foi chamado para o pastorado da Igreja em junho de 1934 e instalado a 1 de julho do mesmo ano. Ele foi pastor da Igreja desde julho de 1934 até fevereiro de 1946.
  O ministério do Rev. Augusto foi eminentemente profícuo; cuidou não somente do trabalho no centro, mas também dos campos fora de Cuiabá e além disso, foi redator da "Pena Evangélica" que tinha grande circulação em todo o estado. Quando deixou a Igreja de Cuiabá, em 1946, para se tomar pastor na Igreja de Campo Grande, já a Igreja de Cuiabá tinha mais de duzentos membros. Logo após a retirada do Rev. Augusto, o Rev. Eudes Ferrer foi chamado para o pastorado da Igreja de Cuiabá. Foi um obreiro muito esforçado e sacrificava-se em proveito daqueles que procuravam o seu auxílio. A sua esposa, Dona Nanita, foi excelente auxiliar do marido no trabalho da Igreja. A Igreja continuou a crescer e o novo campo do Brilhante foi desenvolvido pelo Rev.Eudes. Remodelou a casa velha, de propriedade da Igreja, na Rua Barão de Melgaço, que passou a ser a casa pastoral. Sob a sua admistração, e com o seu próprio trabalho, construiu o pavilhão nos fundos do templo, para melhor servir os interesses da mocidade e da escola dominical.
  Um tanto abalado na saúde o Rev.Eudes Ferrer deixou a Igreja de Cuiabá a 8 de fevereiro de 1956, para aceitar o trabalho do campo de Aquidauana e Guia Lopes da Laguna. A pedido da Missão do Brasil Central, o Rev. Jerônimo Rocha veio da Bahia para pastorear a Igreja de Cuiabá por um ano. Chegou em Cuiabá no começo de 1957 e prestou bons serviços à Igreja.Voltou à Bahia em fins de 1957, depois de tomar parte na organização do novo Presbitério de Cuiabá.

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