terça-feira, 30 de julho de 2013

Trajetória Presbiteriana em Mato Grosso - Até 1969

Da redação do blog

  A partir de 1958, com a organização do Presbitério de Cuiabá (PCBA), a obra presbiteriana continuou a se multiplicar em Mato Grosso. A trajetória desde a organização até 1970, conforme as atas do PCBA, pode ser demarcada pela organização do PCBA até o primeiro desmembramento em outro concílio, quando foi criado, em 1969, o Presbitério de Campo Grande.   Um pouco depois de 1960 ocorreu a organização da segunda igreja (Areão), que apesar de ser a segunda igreja organizada, o PCBA não adotou essa nomenclatura de primeira, segunda ou quinta igreja e até hoje não é utilizada na região. Em dezembro de 1963 a Igreja Presbiteriana de Cuiabá prepara a congregação para tornar-se Igreja. Organizada em 23 de dezembro de 1964, a 2ª Igreja Presbiteriana de Cuiabá com o nome de IGREJA PRESBITERIANA DO AREÃO, tendo como pastor relator Reverendo Aristoteles Ferreira da Fonseca.
  Na edição histórica de nº 1189 o boletim da Igreja Presbiteriana Central de Cuiabá informa outras igrejas organizadas sob o pastorado do Rev. Aristóteles: Areão, posteriormente Cerejeiras, Morada da Serra e Várzea Grande.  Na década de 1960, quase dez anos após a criação do Presbitério de Cuiabá, foi criado o Presbitério de Campo Grande - PCGE, em 10 de janeiro de 1969. O Presbitério de Cuiabá ficou então com as igrejas "de Cuiabá (Central), do Bairro do Areão (2ª Igreja), de Poxoréu, de Mutum, de Rondonópolis, de Rosário do Oeste e as congregações presbiteriais de Buriti (Escola), de Brilhante e de Jaciara." As igrejas mais próximas entre si eram a Central e a do Areão, mostrando que ainda havia um promissor campo na capital,  além das igrejas em outros municípios.

Outros Marcos Históricos  

  A Penna Evangélica circulou de 1925 até 1945, aproximadamente. Seu primeiro redator foi José Nonato de Faria, um dos primeiros líderes da Primeira Igreja Presbiteriana de Cuiabá, mas havia outros colaboradores. Uma edição completa em cópia Xerox existe no Museu Presbiteriano em São Paulo. Em Mato Grosso o Nedhir (Núcleo de Documentação Histórica e regional da UFMT) guarda algumas edições a partir de 1928, idem o Arquivo Público do Estado de Mato Grosso. Este jornal foi censurado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), nas palavras do Rev. Augusto José de Araújo, por intriga dos clericalistas. A censura impedia o jornal de publicar anúncios, encarecendo os custos, mas ainda assim o jornal conservava tiragem regular.  
  Em fins de 1960, o Colégio Buriti estava se recuperando de uma crise (esteve fechado de 1948-1952). No intuito de resgatar a escola, foi fundada a Sociedade Amigos do Buriti, da qual participou ativamente o Rev. Philippe Landes. Dos recursos levantados pela Sociedade a escola voltou às atividades em 1952; a capela foi erigida com os mesmos recursos em 1958; sendo reformada posteriormente com recursos oriundos em parte da Secretaria Estadual de Cultura de Mato Grosso, cuja obra foi concluída em 2010. No intuito de resgatar a escola, foi fundada a Sociedade Amigos do Buriti, da qual pouco se sabe além do informado no artigo de Scheffder, que foi professor da escola Buriti.  
  Dos recursos levantados pela Sociedade a escola voltou às atividades em 1952; a capela foi erigida com os mesmos recursos em 1958; sendo reformada posteriormente com recursos oriundos em parte da Secretaria Estadual de Cultura. A capela é tombada como patrimônio histórico e sua arquitetura com torre (com a cruz céltica ou escocesa no topo) e campanário é impar na região, sendo símbolo do Colégio Buriti. Esta associação ainda existia até a década passada, com o nome de AABUR.